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A estabilização do setor da construção civil e a retomada no crescimento de suas atividades tem sido um objetivo comum de todas as empresas ainda em funcionamento no Brasil desde a primeira onda da COVID-19, que afetou negativamente indústrias, empresários e trabalhadores.
Mas engana-se quem acredito que apenas isso levou a uma série de frustrações. Outro ponto que impediu o desenvolvimento de empreitadas foi a maior inflação no preço dos produtos do setor de construção civil nos últimos 28 anos, que, de acordo com a pesquisa realizada pela FGV (Fundação Getulio Vargas), feita a partir do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), registraram um aumento acumulado em 38,66% nos últimos 12 meses.
Felizmente, ao que tudo indica, o período das vacas magras está perto do seu fim. Recentemente, diversos portais de notícias, incluindo fontes oficiais e especializada em questões da construção civil, noticiaram uma previsão de crescimento dentro do segmento e isso ainda no ano de 2021. Essa visão levanta uma série de questões que precisam ser debatidas e enfrentadas com antecedência.
DIFICULDADE EM MEIO AO CRESCIMENTO DO SETOR
Se no segundo semestre de 2020, a alta dos custos contribuiu para derrubar a confiança, mas em 2021 esse efeito foi suavizado. Isso aconteceu porque a grande preocupação que era o alto custo da matéria-prima (definido como o limitador da melhoria nos negócios) foi substituída por uma esperança de que esses valores sejam diluídos pela alta demanda que possa surgir mais para frente.
De acordo com a economista da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o setor precisa de um choque de oferta para que a demanda possa ser atendida adequadamente. Segundo sua declaração para a mídia, o choque pode garantir ao menos a estabilização dos preços, já que há 13 meses acontecem reajustes expressivos e aumentos dos prazos de entrega, que colaboram para um congestionamento global dos avanços da indústria.
IMPULSIONAMENTO DE 4% NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Apesar das problemáticas citada acima, a alta do setor continua sendo uma grande possibilidade e com uma porcentagem já definida. A estimativa é representada por 4% e com chances de acontecer antes mesmo do final deste ano. E o mais surpreendente é que esse é o maior índice desde 2013, de acordo com o levantamento Desempenho Econômico da Indústria da Construção do 2º Trimestre de 2021, realizado pela CBIC.
Tal crescimento, apontado pelo estudo, deve ser elevado, principalmente, por projetos construtivos de grande porte e que envolvem enormes valores em dinheiro, visto que o custo dos materiais de construção não deve cair tão rapidamente, algo que limita e desincentiva a realização de projetos que custam ser da população com menor poder aquisitivo.
Foi explicado que várias matérias-primas do setor, como ferro, alumínio e cobre, tem seus preços diretamente ligados ao dólar, portanto o cenário não deve melhorar a curto prazo, já que a oscilação da moeda não aparenta estar muito do lado da nossa indústria. Por isso, organizações do setor devem pensar, ainda, em planos de contingência para lidar e reter cliente que surjam ao longo desse período de pequenas, mas potencialmente efetivas, melhoras.
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