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Compreendendo a participação da tecnologia no setor naval

A tecnologia é o principal fator gerador de impactos na indústria naval, principalmente no que diz respeito as etapas de construção. Métodos, mão de obra qualificada e Tecnologia da Informação (TI) são o suporte essencial diário dos estaleiros no desenvolvimento de novos produtos e gerenciamento de projetos, reduzindo custos e tempo, e melhorando a qualidade do produto final.

Você compreende a importância das pesquisas e investimentos na Indústria Naval brasileira e mundial? Neste post, abordaremos o papel das tecnologias e sua importância. Continue lendo e confira todas as informações.

A complexabilidade das tecnologias de construção naval

Embarcações são recursos extremamente complexos e caros. Para cada categoria existe um grau de complexabilidade, meios de concepção e finalidade, os diferindo o suficiente para serem denominados como navios mercantes, de guerra, de apoio a atividades marítimas, e de passageiros.

Os níveis de complexabilidade têm origem da tecnologia dos equipamentos e sistemas instalados, espelhados no projeto e na construção desses navios.

Existem duas formas muito conhecidas de divisão de padrões dos componentes de uma embarcação, sendo elas:

  • O Product Work Breakdown Structure (PWBS) dividi o navio em subparte para que haja maior controle dos processos produtivos, também aumentando a produtividade da construção. Esse modo é especialmente utilizado em navios mercantes ou de menor complexabilidade;
  • O System Work Breakdown Structure (SWBS) divide o navio por sistemas (propulsão, armamento, habitação, elétrico). Diferente do PWBS, a atenção especial é dada ao grau de dificuldade para montar um sistema complexo invés da construção física que acomodará os componentes.

Motores e geradores de energia

Por serem destinados a embarcações de diferentes categorias, os motores não são fabricados em série, pelo contrário, cada projeto é adaptado à linha de montagem da fábrica. Em alguns casos, tal item é recebido pronto do exterior feito por matrizes com disposições de produções necessárias de fabricação e fornecimento.

Esses equipamentos devem possuir bons sistemas de controle e monitoração, perfeitamente adequados ao uso marítimo, incluindo nesses padrões a mecânica pesada, como engrenagens redutoras, armazenadores de combustíveis e arranjo de propulsores.

Os sistemas de geração de energia compartilham de algumas tecnologias do sistema de propulsão, por isso devem dialogar harmonicamente com as partes que os conectam.

A indústria de motores elétricos e geradores oferece uma variedade de opções que, por sua vez, conferem uma diversidade de usos e aplicações. Os transportes marítimos utilizam uma grande variedade de motores elétricos com características e potes diversas. Acontece que algumas edições não são comerciais por possuíres qualidades refinadas, dificultando o acesso a elas.

Isolamento acústico

O recurso de isolamento acústico controla a emissão de ruídos e vibrações sonoras. Em alto-mar, o funcionamento das máquinas emite ondas de rádio que podem ser detectadas por modernos sistemas de sonar, dessa forma, conseguindo localizar com exatidão a classe ou identidade de um navio ou submarino.

Segmento siderúrgico

A Indústria Siderúrgica é responsável por fornecer inúmeros recursos para a concepção das embarcações navais. Sua ajuda varia desde enormes quantidades de chapas de metal e aço para construção de cascos e estruturas, ligas e soldas especialmente desenvolvidas para o setor naval, sistemas de armas e dispositivos, como guinchos, guindastes, elevadores, pontes, escadas etc.

O avanço do setor siderúrgico também significa avanço no setor naval, uma vez que seus aprimoramentos proporcionam mais sofisticação para os navegadores.

Sistemas de navegação

Os sistemas de navegação são recursos complexos de Tecnologia da Informação que cobram uma vasta quantidade de conhecimentos. Muitos dos recursos pertencentes a essa tecnologia são do âmbito da radiocomunicação, microeletrônica e tecnologia para lançamento e posicionamento de satélites estacionários de orientação.

Desenvolver novos equipamentos de navegação não é fácil e pode levar um tempo. É preciso experimentar e testar uma série de opções de tecnologias disponíveis e conhecimentos que podem ser aplicados estrategicamente. No entanto, o investimento feito nessa área representa fomento tecnológico, principalmente se os responsáveis pela criação atuam em âmbito industrial nacional.

Outros dispositivos, como radares e profundimétricos, são menos exigentes e complexos, podendo ser desenvolvidos com maior facilidade e rapidez, sem contar que seu tráfego no mercado também é mais ágil, pois são compartilhados em grande variedade no meio civil, comercial e de lazer.

Com isso, pode-se entender melhor como uma embarcação é concebida com uma variedade de sistemas que se tornam cada vez mais complexos na medida em que a categoria da construção muda. Cada modelo possui rígidos padrões de construção e avançados requisitos operacionais unidos a fim de conferir altos níveis de qualidade e funcionalidade.

Navios demandam de um enorme leque de tecnologias, testes e alinhamento de seus sistemas que se tornam constantes mesmo depois de anos em atividade, por isso, o tempo que levam para ser finalizados e postos em atividade definitivamente é espaçado.

As informações desse artigo foram retiradas do artigo: COELHO, Hélio Guilherme José. O desenvolvimento tecnológico da indústria naval de defesa: Uma questão estratégica

[http://www.funag.gov.br/ipri/btd/index.php/10-dissertacoes/2358-o-desenvolvimento-tecnologico-da-industria-naval-de-defesa-uma-questao-estrategica-2]

. IPRI Banco de Teses e Dissertações, 2009. Acesso 13 de janeiro de 2021, às 08h57.