Curiosidades
Nos últimos anos, a indústria naval enfrentou dificuldades em manter a estabilidade do setor, já que entre 2014 e 2016, enfrentou consideráveis quedas com a baixa de 49% do pessoal da indústria e, em sua maioria, no estado do Rio de Janeiro.
Segundo o IBGE, o valor real bruto de produção anual da indústria nesse período caiu 71%, e de R$ 6,8 bilhões, faturou apenas R$ 1,97 bilhões em 2016.
Já no último triênio a situação se mostra positiva para a área naval. O Fundo da Marinha Mercante (FMM), que é administrada pelo Governo Federal através do Ministério de Transportes, Portos e Aviação Civil, concedeu cerca de R$ 9,4 bilhões para a construção de embarcações por intermédio de Medida Provisória assinada pelo governo.
Ao todo, foram construídas 27 embarcações de cabotagem e seis barcos do tipo, sendo responsáveis pelo transporte de aproximadamente 157 milhões de toneladas de carga. O FMM auxilia na recuperação do fôlego da indústria naval e os números do setor mostram aumentos.
A recuperação financeira da Petrobrás também é um grande apoio à indústria e anima o setor. A empresa passa a transportar mais produtos, adquire maquinários e embarcações para sua frota, além da construção de suas refinarias.
O transporte marítimo de cargas é uma grande vantagem para as importadoras e exportadoras nacionais: O Brasil possui uma costa navegável e de enorme extensão, facilitando as operações e tornando o custo mais vantajoso, principalmente para o transporte de produtos de grande quantidade de saída, como os commodities.
75% das cargas transportadas são líquidas ou gasosas, em maioria para a transformação em combustíveis. 13,6% são produtos sólidos ou a granel. 7,6% das cargas transportadas por cabotagem são contêineres e os outros 3,5% são cargas em geral. A maior participação no embarque de cargas é do Espirito Santo, em seguida Pará, São Paulo, Bahia e Maranhão. E no ranking de destino de cargas, ficam: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina e Maranhão, como os principais líderes do setor.
Os estaleiros estão prontos para atender as demandas de crescimento da indústria nos próximos anos. A expectativa é poder depender menos da indústria petrolífera e dar mais espaço ao desenvolvimento de tecnologias para a solução dos transportes marítimos e disparar no avanço da segurança marinha.
Fonte: Exame, FMM, SINAVAL Para ficar por dentro das novidades, acesse nosso blog e nos siga nas redes sociais!